Uma parte do que não tenho...

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ABC' Diadema, São Paulo, Brazil
;O comum me amedronta; Somos tolos; Num mundo de flores perfumadas caminhamos tempos e tempos sós. Enquanto poderiamos estar bem acompanhados por um interior e exterior bem supremo preferimos a solidão!!!

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

A presa fácil

Peguei meu poderoso lápis portátil e no bloco de notas escorreram algumas palavras de minha mente.
* ” E chora, e eu entendo, e chove e eu choro junto, e chove na gente, e agente mergulha na água fria. Incrível de mais para ser perfeita o tempo todo.
Tudo faz sentido quando é seu em mim.”

Me lembro bem dessas palavras, cristalinas e sensatas. Uma garotinha me disse em algum momento atrás. Dela não sei se me lembrarei sempre, mas de tuas palavras, sim, sempre e NUNCA, um nada é sem o outro, como nada sou sem ti.
E lhe deixo em segredo algum verso pouco.

“A presa fácil

Tua voz eu escuto
Em teu encalço me transformo em prisma

Talvez você se perdeu,
Se esqueceu da presa.
Daquilo, aquele tempo,
Mesmo nele me perdeu
Não sei, e você?

Se volta ou se venta,
Se revolta ou se preza,
Se escolta ou se inventa,
Se solta ou desaquenda.

Não vou contar meus passos,
Não vou criar nova rota,
Não preciso de enfeites.
Pois só agora vi as vias sem rumo.

Estou fraca, nem pó acelera.
Comento os leitos da morte, 
No meio de um silêncio fresco
Penso e passo.
Cadê minha dona?”

Escrito em Amanhã de Hoje para Ontem e Sempre, Por Akiw’, em memória “Dela” Geeo. *


Por Akiw 06 Out 2011

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A árvore

Esse sorriso não é para você
É para a árvore, ela sim
Ela sim faz o que deve
O que deve ser feito ela fez
Ela não questionou
Não criou sonhos para isso
Não inventou luzes para si
Nem plataformas para viver
Nela crescem frutos
Eles caem, mas ela não chora
E eles se tornam “ela”.



Por Akiw - 30/Setembro/2011

Ultima poetisa

(Akiw' Shadows Of Dreams)

Em nuvens suspensa
Por fios de amarração
Num palco de encenação
No ar de plenitude tensa
É para a poesia
Como a melancolia
Dos atos modernos
As palavras fluem
Nos ballets de sensibilidade
Dos seus dedos fecundos
Manuscritos a ganhar o mundo
Ultima poetisa
Como a Arara-Azul-de-Lear
Raríssima. Belíssima
Na distancia de um olhar
Para os poucos
Para um mundo limitado
Quase morto
Da musica dos dedos
Um sentimento inacabado
Ganhando pedaços
E há cada estrofe se despedaça
Entrego-me ao seu céu
De rachaduras negras e espuma
A um mausoléu de folhas brancas.

Ander 30/09/2011

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Só - Edgar Allan Poe


Não fui, na infância, como os outros
e nunca vi como outros viam.
Minhas paixões eu não podia
tirar de fonte igual à deles;
e era outra a origem da tristeza,
e era outro o canto, que acordava
o coração para a alegria.

Tudo o que amei, amei sozinho.
Assim, na minha infância, na alba
da tormentosa vida, ergueu-se,
no bem, no mal, de cada abismo,
a encadear-me, o meu mistério.

Veio dos rios, veio da fonte,
da rubra escarpa da montanha,
do sol, que todo me envolvia
em outonais clarões dourados;
e dos relâmpagos vermelhos
que o céu inteiro incendiavam;
e do trovão, da tempestade,
daquela nuvem que se alteava,
só, no amplo azul do céu puríssimo,
como um demônio, ante meus olhos.




Edgar Allan Poe (Tradução de Oscar Mendes)

De Akiw(Ella) para Geeo / de Geeo para Ella(Akiw)


De Akiw para Geeo

Geeo, uma mulher desabrochando em sua ascensão poética e libertação da escrita.
Quando se vê em ponto de desarmonia, como eu e como muitos outros, tem a necessidade de se encontrar, achando que está se perdendo, mas é dessa forma que ela consegue retirar um pouco do peso que carrega no peito, o peso de talvez não entender quem é, mas como digo, estamos aqui para isso, e para isso escreve e talvez nem nota essa elevação do encanto de si para o mundo.
Como adoro seus escritos e o modo como se coloca quanto a eles creio que posso dar notoriedade para isso.
Seu modo de ver o mundo me encanta ao ponto de sentir certa confiança em dividir e esperar novas conversas, que são sempre compostas por criatividade e conhecimento. Isso me leva a acreditar que o espaço que a pessoa da à outra é o que a eleva.
O que espero dessa criaturinha é apenas desenvolvimento, tanto dela quanto meu, por saber da capacidade e vontade de ambas, e principalmente quero que isso aconteça às duas juntas.
Essa é uma parceria que nos permite perceber a outra como pessoa e crescer com a excelência dos dias.
                                                                                         Akiw’


De Geeo para Akiw(Ella)

Estive congelada, friamente calculada num tempo sem relógio, sem ponteiro.
Então, achei.

“Possuis algo singular, que fascina, encanta-me.
Quase irreal, se faz inabitável, inatingível.
Sempre mais do que posso imaginar, sempre mais do que se pode ser.
E, de pouco em pouco, tudo de você em mim, faz sentido.
Você é como se afogar em um como d’água: indiscutível!
Uma palavra calada, que emudece quaisquer lábios, silencia qualquer pensamento.
Forrada de encanto amargo, [ um verde, ao invés de azul ou amarelo]
Um sussurro no meio da noite, um livro trancado,
E você não cede a ninguém não doa nenhum olhar.

” E chora, e eu entendo, e chove e eu choro junto, e chove na gente, e agente mergulha na água fria. Incrível de mais para ser perfeita o tempo todo. ”

Eu sempre soube que você, era Ella…
Não se trata de nenhum enigma, código, ou codinome, mas talvez, apenas de outra forma de te ver em mim. E esse nome lhe caiu tão bem…
 Ella, me trás a impressão de algo único, mas ao mesmo tempo, igual a tudo e todos.
É como se fosse uma garota comum, mas, dentro de você, eu sei que há algo que é incrível, ou, como quiser chamar. Algo só seu.
 É como ”escaro”, encarar [sutil] ou escarrar [ousado] - entenda como quiser.
Gosto é do jeito de não saber [todas às vezes] se se trata de algo incomum, ou de pessoas que eu posso encontrar por ai facilmente. Soa-me como gritar por alguém no meio de uma multidão, onde todos são iguais. Ou, ao menos parecem ser.

Mudei de idéia, talvez seja um enigma sim, pois se trata de algo que pode ser interpretado de duas, três, quatro ou mais formas…Um problema de física, ou uma pergunta de filosofia. Não há respostas exatas, mas tudo faz sentido, sempre parece que você diz aquelas verdades que não se dizem por ai.
Sutileza e ousadia, único e comum, bom e ruim - Ella!
  Tudo faz sentido, quando é seu em mim. “

   Sim, será um prazer, ”perder” todo meu tempo com você.
                                                                                                     Geeo’

Tudo faz sentido, quando é seu em mim.
Geeo e Ella(Akiw)

Existencialismo


Fragmentos do pensamento de Akiw para o mundo
Pensando e relacionando tudo Hoje tive a infelicidade de ter que me afastar do meu comodismo e entrar num ônibus, e nessa situação me deparei com uma senhorinha lendo The Secret - O segredo, mas debaixo do braço lá estava ela, a Bíblia, capinha preta, folhas douradas com sua aparência de longa jornada.
Puxei assunto e conversei com a velhinha um tempo bom, tempo de ir de um terminal a outro, que por sinal, alienada como qualquer outra(sempre há excessões), mas com seu diferencial a amostra.

Sempre achei que não há segredo algum. Acredito que pensar positivo não vai atrair exatamente o que você quer materialmente (ou imaterial), mas com certeza o organismo humano é capaz de reagir a isso em sua constante grandeza de outro jeito. Estive em meio a pessoas que seguiam isso na risca, e diziam que quando se tem certeza de que pode acontecer(para mim isso é a tal fé). Mas o próprio Jesus já deixou escrito pelas mão de algum moisés: “A fé move montanhas”. Acredite que ela se move e ela se moverá, mesmo que apenas em seu pensamento, talvez seja essa a resposta da felicidade, as realizações mentais. 

Saiu uma matéria (logicamente interessante) na Superinteressante quando eu era criancinha [ainda sou e sempre serei…], e eu li, falava sobre as diversas teorias sobre ser positivo(minha mãe me enfiava essas coisas guela-abaixo, valeu mãe), e trazendo bem claro que “o segredo” nada tem haver com religião. 
Justamente, se, como argumento, tivesse que dizer se creio num Deus ou não eu teria que me dividir em varias referências. Então ligo esse Deus ao “poder” de atração. Se há um Deus é isso.
Fiquei pensando, depois de me separar da mulher, que se eu dissesse isto a ela seria um ataque a suas crenças, mas bom, respeitei isso.

Isso é um exemplo existencial meu. O fato do existencialismo fica mais próximo que parece, não sou apenas mais faixas de protesto em frente a câmara, são também nossos fluidos mentais do dia-a-dia.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Relva - A natureza destrói









 Sinopse                                            Por Daniele

Relva -  A natureza destrói


A história se passa em um vilarejo, na pacata cidade de Epona, onde os moradores viviam do plantio, esses que mal sabiam que aquele solo e tudo que existia nele fora amaldiçoado pelos antepassados.
Lecabel era uma jovem linda, beleza tal que enfeitiçava os homens e causava inveja as mulheres. Era a sétima de uma família de camponeses, logo a maldição a tornaria propagadora de um mal desconhecido.
Em uma noite límpida , de lua cheia, ela adormece, reza para seus santos se vira de um lado para o outro, pesadelos horríveis a desperta, e então resolve caminhar pelo jardim, logo se vê dentro de uma relva perdida e apavorada.
Lecabel corre pela relva desesperadamente e sente que algo a persegue com que pode desacerbar a alma mais pura de qualquer mortal. A ameaça se torna mais visível, e seres das trevas a perseguem agora. Ela cai, seu manto é rasgado, eles tiram seu capuz, então ela se lembra das histórias que os mais velhos contavam para causar medo nas crianças, para não se afastarem do vilarejo.
A criaturas continuam a rasgar suas vestes, a garota já não está em plena consciência, da a luz a um ser sem sequer ser tocada, metade homem metade bicho. Logo após o nascimento desta criatura ela é levada pelas criaturas das trevas, sendo tomado dela a inocência.




                                                                     # # #










Desenvolvimento da história   - Por Akiw



Lecabel em uma noite qualquer começa um passeio por um jardim onde só conhecia pelas histórias confusas que os idosos da aldeia contavam sempre, não percebia ela o caminho que tomava, não sabia bem como tudo que poderia acontecer seria manipulado por enganadores que conviviam normalmente em seus dias com ela.


Ali havia crenças como em toda civilização. Os monges sendo muito respeitados por todos protegem o vilarejo, o mais velho deles, Mitzrael, tendo como seu braço direito e esquerdo Umbael que para seu superior ele era um dos predestinados para combater a maldição, junto a Mechel tendo a mesma marca de nascença que definia a grandeza de um aprendiz eficiente, mas que por ser jovem passava a imagem de ser muito distraído e com uma inquietação típica de adolescência, este fora abandonado a porta da casa do monge ainda pequeno.
Mitzrael acolheu também Makanel que chegou à aldeia como quem não queria nada e do nada ficou, cultivando um mistério sem igual para os demais. Ele chegou determinado a cumprir com o trato que fizera com o submundo, conseguindo fazer a marca monge de três folhas envoltas de um círculo na mão esquerda para enganar a todos e fazer seu trabalho.
Lecabel linda como era tinha um admirador nada secreto, o jovem Belenos que por ela cultivava verdadeiro amor platônico, mas a moça também tinha seus maus tempos por causa de Rosário, de alma obscura que por ela criara uma raiva intensa por não ter o afeto de Belenos.
Erem que era irmã mais nova de Rosário tinha um temperamento completamente diferente que distribuía em suas práticas místicas e com a ajuda de Hariel, apesar de muito nova em plenos ares de 16 anos era admiradora de algo que não se podia explicar, e tomada pelo gosto incontrolável pelo mesmo que Erem fez vir à tona toda a maldição de sua aldeia, usando Lecabel como peça principal para a abertura do portal desse feito.
Calandre foi um ser enviado do submundo para perseguir Lecabel que ao entrar no jardim se depara com uma espécie de labirinto em meio à relva na floresta sendo ali onde as sombras se mostravam e predominavam o mal, não entendendo o que se passava e muito surpreendida e assustada mais ainda com Âmbar que estava ali para garantir que o ser que acabava de enviar a cidade de Epona faria com que o filho da maldição fosse agora concebido por Lecabel que se via perdida em tudo e em si mesma, em meio a tudo ela corre pelo meio e é observada até que tudo fosse feito pelos seres do submundo. As criaturas arrastam a bela Lecabel que já não está em plena consciência, esta dá a luz sem se quer ser tocada a um ser metade homem metade bicho. Nascendo então Druantia, a encarnação de todo mal, semente maligna que através da moça são concretizados planos do submundo, a discórdia e a desunião dos pequenos mortais de Epona. Acabará ali todo e qualquer resquício de esperança e fé deste lugar e de tudo que há nele.  Logo após o nascimento deste monstro ela é levada pelas trevas e dela é tomada a inocência. O que resta de Lecabel é Helain que dela representa a pureza e sensibilidade que sobrevive ainda em pequenos trechos vistos, dentro das crianças, perdido em algum lugar da aldeia.


Por Akiw' e Daniele

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Elogios que elevam

invisível Akiw' para Pedro Drumond:

Gosto de suas atribuições e comentários a poesias minhas, isso me faz sentir que vale ainda escrever, e se expressar com isso num mundo tão falante, mas tão sem palavras que vemos hoje...
Acho tão envolventes tuas poesias que me excito da mesma forma que estar em meio a um campo de jasmins floridos!
Sabe que amo poesia, mas a poesia de quem se faz dela e por ela, vejo isso em ti, e aprecio sempre.
Fico sempre aguardando uma nova poesia fluir dessa sua mente límpida e sensacional, para poder agregar a mais influência, sim, me trás um pouco de influência e inspiração com tuas palavras em prosa que seja!, Amo teus vides, [lhe confesso que já tentei fazer algo relacionado que vi num curta metragem, que é bem isso que tu faz, mas minha experiência com vídeos é frouxa... ], adoro a idéia!!!
Conheci o curta: NOME PRÓPRIO? Se não, procure, é BRASILEIRO, mas é incrível e mesmo por assim ser! Saiba que morro de vontade de conhecê-lo!
AHAHAHA fica bem querido, e sempre me traga alegria com suas meigas e alegres palavras... Ando mesmo meio chocha, mas coisas como seus comentários e poesias são o que me levantam muitas vezes, abraço grande na alma!

Pedro Drumond para Akiw:

Akiw, querida! Fazia tempos que era pra eu comentar o as tuas poesias, mas fiquei um tempinho sem net e desde ontem que eu tava revendo o seu blog.
Vei, você não tem só sensibilidade como a capacidade de montar uma cena em que agente deseja a honra de se ver ou de muitas vezes ter presenciado aquele tipo de emoção, tamanha é a forma de dramaturgia e sentido que cresce e desponta a cada verso.
Minhas preferidas: O Jogo, Toma-me Por Instinto (Essa é de comover qualquer um que esteja incontido) , Sexo Rígido (Ah, se eu pudesse escrever sobre isso). E por fim, sempre são lindas as dedicatórias, os versos, as imagens, tudo o que você expulsa de si e sai com "o cheiro do sono a atormentar". É muito bonito esse gesto, o que por muitos aquém de fundir razão e emoção poderiam capta como você(s). Parabéns pela oportunidade e talento todo pregado nisso, Akiw, coisa que falta a muitos outros poetas, garanto-te!


Pedro Drumond para Akiw:

Ow querida Akiw, dor pra mim é uma grande atriz. Sempre com várias máscaras, várias cenas, vários personagens, vários retratos não só do cotidiano em geral, mas como um roteiro da vida de todo emaranhado nessa vida. Já recebi palavras que também me engrandeciam as poesias quanto o ser poeta, palavras como as suas em momentos de dor, sei a sensação e do quanto ela é importante e ao mesmo tempo inovadora (Nos acostumamos tanto com a desilusão, que se entre as lágrimas que escondemos vêm alguém e enxerga em nós algo que lhe abra um sorriso de satisfação, a perplexidade e a dúvida - Será que eu me conhecerei por mim ou por eles? - é um bicho-papão muito mais indomável que nós, crianças, para dele fugir). Espero e me alegro por demais em poder ter feito o mesmo por ti. Como a tartaruga que motiva o andado da outra, ambas para não desistir dos seus passos.
Gostaria muito também de lhe conhecer, de te estudar bem de perto, você me intriga, me instiga, eu custo acreditar que existe um complexo com a estirpe sua no meio de tantas almas prolixas que há.
E ruborizando até mesmo a influência de suas poesias, pareciam que caíram pra mim como mais um dos meus reflexos em cacos tão perdidos por ai.
Me ajudaram, nesse exato momento, a decidir um ponto final num empecilho de tempos. Falando sobre mim nessa área que você supera mil vezes, você foi guia pr'um alívio meu, pois deu vida a uma mudança em forma de feto e seu nascimento veio dessa poesia, vê se gosta:


Mulher de Asfalto
(Pedro Drumond)


Meu erro
Quase antes de consumado
Vem como a necessidade
De se conceber
Para não mais cometer o mesmo ato
Para o que não vem do coração
Mas se tornou doença da mente
Poucos do que eu falar aqui saberão
Não o arrependimento
Mas o pudor que nesse momento me consente

Analisar o que mostrei por fora
É discernir que sou o avesso por dentro
Preciso disso depois de agora
Não quero a vergonha, prefiro o sofrimento

É que essa parte
Força de muitos, fuga de todos
Real consumação de poucos
Não temos o que falar
Atire a primeira pedra
Quem com alguma frustração não há de estar

De certa forma não há como burlar a consciência
Só sinto que me esquivei do meu mapeamento
O que eu quero é a preferência ou o silêncio em mim?
Guerras? Paz? Ou sentimentos?

Promessas são desilusões por nós já profetizadas
Não existe uma que não tenha feito
Uma alma desolada
A promessa sim, porque a desilusão está nos olhos falsos
Digo agora pra mim - Não siga, seja o coração
Não te cabe mais o título de "Mulher de Asfalto"

Não posso fugir das marcas
Principalmente das farsas não visíveis em meu rosto
Desejo, Desejo, Desejo
Não rima mais com que meu pior inimigo - O medo
Não há como me esquivar
Quando eu sou o desgosto
Mas o erro não é problema, lamentável é continuar
Não é promessa
É remédio - Esgotou-se a tortura suicida, foi-se a razão
Acabou e de tão inútil até passou, o gozo
Chego em casa e quem me cobra explicação?
Não é meu amado, é o amor
Ainda abrigado nesse coração




invisível Akiw' para Pedro Drumond:

Como me põe em frente ao espelho de tal maneira, chegando a um ponto e forma elegante? 
EM PRANTOS!

AMEI E CHOREI!


segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O jogo




Um ser enigmático
Tomado pela fúria
Insanidade talvez
Com gosto de poder
De braços abertos
Apontava para um tabuleiro
No meio da sala me coloquei
Sem escolha
Fervilhando na mente seu potencial
Presa no anagrama
Que formava meu próprio nome
Forjava ele uma peça?
Não
Um jogo obrigatório
Com duas etapas
Começar e nunca falhar
Sem término, sem razão
Me forçando contra parede
Me falava com os olhos
Um comando mudo
Sem drama em sua força
Cautelosamente me esquivei
Sabendo eu que não mais sairia
Um jogo de morte
Um cavalheiro capaz
Das mais profundas doses de medo
Sabendo sua vontade insaciada
Delírios me passavam a mente
Calculava seus instintos
Não dava, não via mais nada
A sede aumentava
A fome me comia
Os desejos pútridos
Um homem de façanhas
Sem face, sem nome
A verdadeira honra me vinha
Uma ponta de lâmina podia sentir
A fuga já não mais existia
A vontade da criatura se saciava
Apenas com isso
Uma forte tempestade nos olhos
Era medo?
Era fome
Fome do líquido de mulher
De gosto amargo sem odor
Intenso e vicioso
Me arrancava os pedaços
Acabara ali
O temor fugia
A fome foi trocada pelo suor
A sede cedera
A escuridão aumentara
E nada ainda via
Depois de todos toques mudos
Depois de tanto tremer as mãos
Por mais firme que fosse
Saciara-se
Me deixando ali
De pernas ainda arreganhadas
Face coberta por um manto qualquer
Algemada e amordaçada
Largada com a insanidade
Presa no desejo de nunca sair
Percebendo tudo
Foi definitivo
Adeus
Game over e nada mais


 Akiw 29 de Agosto de 2011

Visões


Visões

http://palavrasecinzas.blogspot.com/


O texto que segue é de Wolf M., e venho dividir, passar além, isso merece ser visto, e quem sabe até chega um momento que pessoas no geral, expondo suas ideias relacionadas essa falta de atitude humana muda.
Apreciem, vale a pena!








sábado, 23 de julho de 2011
Visões



O que é mutável, ou algo digno possível de mudança...?
Se você fosse pintado pelas mãos de Deus e o tal design inteligente?
Se você descobrisse que existe um suposto Deus e soubesse que ele é você...
Você mudaria a tela que pintou? Qual seria a maior injustiça...
Eu tenho a ideia de que faltam espelhos nas casas alheias, falta também visão, apesar de toda abertura pro conhecimento ainda existe isso...
Como é possível termos o cérebro mais evoluído de todas as outras espécies e mesmo assim termos a preguiça de pensar e enxergar além, o que aconteceu no tal design inteligente?
Você seria capaz de fabricar tijolos de ouro para alguém ter condições de ter uma casa a custas de “misérias dos outros”, mas não seria capaz de enxergar o quão a visão de um Deus é doentia.
Onde foi que tudo começou, digo, essa história de que alguém nos guia? Parece-me que sempre o ser humano teve de temer algo pra conter uma “maldade”, e o pior disso tudo é que causou algum vicio e vem passando de tempos em tempos...
Sou quase linchado por fazer humor com Jesus, mas nunca vi alguém se revoltar de fato com a idéia podre de um Deus! Seria mais ou menos como acontece muito aqui no Brasil, torcedores revoltados fazem protesto para quando o time está na pior, mas maioria deles nem sabe o que se passa na política e se soubessem não fariam o que fazem com seus times preferidos.
É incrível a hipocrisia que está difundida na maioria, a mesma que te condena por “expor uma figura de um santo ao ridículo” são aqueles fazem piada de preto, de gays, de portugueses, e me diz qual a diferença, eu sei qual. Temos a certeza de que pessoas negras, homossexuais e portugueses existem, já Jesus (Deus) eu não teria tanta certeza.
A mesma que pede respeito, é aquela que é a primeira a desrespeitar...
Não levem tão, mas tão a sério, o humor é uma coisa relativa, o que tem graça pra mim não tem pra vocês, mas isso não quer dizer que o digo seja tão sério assim, senão terei de pagar na mesma moeda, quando eu escutar alguma piada de preto e rir, quer dizer que estou sendo preconceituoso? Eu citando a palavra “preto” estou discriminando?... Não, isso é uma visão totalmente pequena e cega e acontece o mesmo quando resolvo fazer piadas com religiões.
A religião faz pior do que minha piada, o quão idiotas as pessoas são por não enxergarem isso, o quão cabeça de geleia as torna, o quão a visão fica e é cercada.
Meus Deus me salve, pois no “céu” está cheio de geleias...¬¬”
Só deixando claro, de minha parte não existe nenhum pré conceito em relação ao que citei anteriormente sobre Portugueses, Negros e Homossexuais.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Salva-me!

Venha para meus braços abertos e sinta
Meus lábios em chamas sem condição
Festejantes olhos incertos perdidos em si mesmo
Coração pregando ao mundo tua satisfação, praguejando. 
Venha para meus lábios que gritam incessantes, incertos e necessitados
Chegue bem perto para sentir o ar de quem se sente como fogo reluzente
Alguém a mais dentro de um cerco de seres coadjuvantes
Crepitando na alma o sentido do mundo
Como quem nunca esteve doente precisando de alguém.


Te amo com todo me carácter.




Para meu Ander
De Akiw 

terça-feira, 2 de agosto de 2011

For Akiw, by Ander



Vênus de La Morte
(Monte de Vênus)

(For Akiw)

Senhor venha aqui a estes galhos
Que seguram a essas doces maças
Senhor ó pai de rancor imaculado.

Venha ver onde elas caem
Rolam entre estes lençóis
Manchados de amor gasoso
Encontram-se entre lábios
Nas águas perfumadas.

Por Vênus amada
Nos estratagemas do pecado.

Na alcova de lençóis pálidos
Em círculos de fumaça dos cigarros
No orgasmo trêmulo atemporal
Duas felinas se agarram.

Ander 23/07/2011


                          ***



Romântico XXI

Amor, o Romântico morreu!
Sufocado com uma calça jeans
Enfiado na bunda. Morreu-se!
Com um recorte de um chapéu.

Com as cordas do Rock, também
Suspirou e caiu de dor na cabeça
Levantou um dedo, Oh! Romântico!
Não desistia, tentou dançar com o Rock

Até se deparar com a TV,
Ai foi o fim. Caiu em melancolia
A melancolia que não era sua
Não a melancolia do Romântico
Foi à depressão, receitada por médicos
Tomou caixas de remédios para
Perambular durante meio século.

Hoje no amanhecer das cinzas
Na amargura do novo século
Zanzando na autopsia do seu intelecto
Perambulando na cova vazia dos seus restos.

Ander 16/07/2011


                          ***
                          

 Apesar de ser critico por você não esta lendo (não via computador), mas o cheiro do mofo dos livros, aqueles bem antigos. Sua escrita esta cada vez mais bonita, elevando as palavras na forma mais simples. 

Amei e devorei o que me escreveu. Amei como em toda poesia é feita de amor, e as mais sangrentas e bélicas são feitas de amor. Te amo Akiw.



Ander 3 de Junho




***


Dorme e Dorme

Morta de sono
Dorme e Dorme
Sono de subsolo
Nem de vivos
E nem de quem morre...
E lá vai subindo
É lá no inferno
Perambulando, ébria
Dorme e Dorme
Ainda bela
Na condenação da insônia
Descomposta, irritadiça
Quando acorda
Mas logo dorme,
Sono da Morte!
Dorme e Dorme.
Lago da Morte!
Colchão mole
Escapatória do Tédio
E as dores do mundo.

(escrito para ontem enquanto você dorme.)


                          Ander 20 de Maio


***


Akiw

É um medo que temos
E um repudio inevitável
E Inevitavelmente
É imenso
E se expande, mas há
De expandirmos também
E irmos mais além
(Porque alcançamos as estrelas)
Do que toda aquela 
Estrutura óssea
Arquitetura caótica
Sem brilho, sem vida...
Apenas aquilo
Que desmorona
No impacto das almas.

Ander 8 de Maio